86% dos professores consideram que os programas educativos desenvolvidos pelas empresas contribuem não apenas para a melhor informação dos alunos mas sobretudo para uma mudança efetiva de comportamentos. Este é um dos resultados mais relevantes do novo estudo realizado pela Sair da Casca junto de mais de 100 professores do ensino pré-escolar, básico e secundário. Os mesmos professores reconhecem o contributo das empresas também através dos patrocínios e ofertas que estas disponibilizam.
Em relação às necessidades e centros de interesse das escolas, a evolução é nítida e reflete uma mudança cultural interessante: ao longo dos últimos dez anos, os temas relacionados com alimentação/nutrição e ambiente eram os temas mais populares junto dos professores, de forma quase exclusiva. Hoje notámos muito mais abertura e curiosidade em acompanhar temáticas como o envelhecimento da população, os direitos humanos, o empreendedorismo ou ainda os valores éticos.
Relevante também é a preocupação das escolas com a sua própria gestão e a proposta de uma maior colaboração com empresas para através da cedência de voluntários ou da criação de conteúdos ajudar a melhorar o seu desempenho.
Em Portugal as empresas começaram há 20 anos a desenvolver programas educativos para apoiar as escolas na abordagem de temas como o ambiente, a reciclagem, a prevenção rodoviária, a educação alimentar, etc. As empresas combinam as suas competências técnicas com recursos financeiros e disponibilizam à comunidade educativa dinâmicas que incluem animações, jogos, programas online gratuitos e várias atividades que apoiam os professores no seu trabalho. A Sair da Casca foi o grande impulsionador desta prática, tendo criado um código de conduta em 1994 para garantir o respeito pelo território da escola como território educativo e não como território comercial. Desde 1994 a Sair da Casca já desenvolveu mais de 200 projetos educativos.